Espiritismo e Felicidade
(Joanna de Ângelis)


Concisa e vigorosamente fundamentada no Cristianismo, a Doutrina Espírita apresenta a felicidade e a desgraça como sendo a conseqüência das atitudes que o homem assume na rota evolutiva pelo cadinho das incessantes reencarnações.

O espírito é a soma das suas vidas pregressas.

Quanto haja produzido reaparece-lhe como título de paz ou promissória de resgate, propondo, o homem mesmo, as diretrizes e as aquisições do caminho a palmilhar. Quanto hoje falta, amanhã será completado. O excesso, hoje em desperdício, é ausência na escassez do futuro. Todo o bem que se pode produzir é felicidade que se armazena.

A filosofia da felicidade à luz do Espiritismo se compõe da correta atitude atual do homem em relação à vida, a si mesmo e ao próximo, estatuindo vigorosos lances que ele mesmo percorrerá no futuro. As dores, as ansiedades e as limitações são exercício de morigeração a seu próprio benefício, transferindo ou aproximando o momento da libertação dos males que o afligem.

A consciência da responsabilidade oferece ao homem a filosofia ideal do dever e do amor.

Respeito à vida com perfeita integração no espírito da vida - eis a rota a palmilhar.

Serviço como norma de elevação e renúncia em expressão de paz interior.

Servindo, o homem adquire superioridade, e, doando-se, conquista liberdade e paz.

Nem posse excessiva nem necessidade escravizante.

Nem poder escravocata nem a indiferença malsinante.

O amor e a caridade como elevadas expressões do sentimento e da inteligência, conduzindo as aspirações do espírito, que tem existência eterna, indestrutível, sobrevivendo à morte e continuando a viver, retornando à carne e prosseguindo em escala ascensional, na busca ininterrupta da integração no concerto sublime do Cosmo, livre de toda dor e toda angústia da sombra e da roda das reencarnações inferiores, feliz, enfim!

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Texto extraído do livro Estudos Espíritas, de Divaldo Pereira Franco pelo espírito de Joanna de Ângelis.

Um comentário:

Saúde Mental - Neuropsiquiatria disse...

As dores morais e somáticas, o pensamento que nos reclama no final do dia, são sirenes alertando-nos que nossas ações e pensamentos precisam se alinhar com as leis divinas. O exercício diário de repensar os atos e atitudes e mudar o curso de nossas ações executando o bem que nos cabe, torna-se remédio curativo fechando as feridas que ainda carregamos e vacina poderosa que mantém segura a nossa consciência.