Tranquilidade
(Joanna de Ângelis)
(Joanna de Ângelis)
Conceituas tranqüilidade qual se fora inércia ou indolência, dever ausente, lazer demorado. Face a isso pensas em férias, recreação, letargo, com que supões lenir aflições íntimas, solucionar problemas e complexidades do cotidiano.
Talvez consigas, em misteres de tal natureza, renovar forças, catalisar energias, predispor-te. Sem e esforço interno, intransferível com que te defrontarás, assumindo posição decisiva para os embates de reeducação, dificilmente lograrás êxito.
A tranqüilidade independe de paisagens, circunstâncias e ocasiões. Estabelece-se no espírito como resultado de uma consciência pacificada, que decorre, a seu turno, de uma vivência moral e social concorde com os postulados de enobrecimento espiritual.
Fatores externos criam, às vezes, possibilidades, circunstâncias para as aquisições do espírito. É, porém, nas refregas da evolução, lapidando imperfeições e arestas, que o homem se auto-descobre, conhece-se e premia-se com a ação libertadora.
O cansaço, o desaire, a perseguição, a dor não obstante aflijam, jamais logram romper a armadura da tranqüilidade real.
Quando existe harmonia interior os ruídos de fora não ecoam perturbadoramente. Se condicionas a tua tranqüilidade a lugares, pessoas e fatores externos, submetes-te, apenas, ao anestésico condicionante para o lazer dos sentidos.
Se necessitas de silêncio, melodias, ginásticas para a tranqüilidade, apenas estás no rumo. Sem que te possas manter sereno no retiro da natureza ou na atividade das ruas, entre sons harmoniosos e a poluição sonora, ritmos ginastas e a esfalfa das correrias nas leiras da caridade junto ao próximo, a tua aquisição ainda é miragem diletante, que facilmente se diluirá.
Se te enerva a espera ou te desagradam o cansaço e o medo, ruis, somente, comodidades, encontrando-te longe da tranqüilidade real.
Um espírito tranqüilo não se atemoriza nem se enfada não se desarranja nem se rebela, porquanto, pacificado pela consciência reta, vibram nele as energias da renovação constante e do otimismo perene.
Jesus, no Sermão da Montanha ou no Gólgota, manteve-se o mesmo. Estatuindo a carta magna para a Humanidade, louvou Deus e padecendo a injustiça humana agradeceu ao Pai, enquanto perdoou os homens.
Íntegro, confiante, demonstrou até o momento último que a tranqüilidade é preciosa aquisição com que a vitória da vida coroa as lutas nas incessantes batalhas do existir.
Do Livro Leis Morais da Vida, psicografado por Divaldo P. Franco, ditado pelo espírito Joanna de Ângelis.
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