A Intimidade com Deus
(Sergio Biagi Gregório)
A intimidade com Deus é como a amizade entre dois amantes em que cada um confia ao outro os seus segredos. Confiar em Deus é manter essa amizade com o Pai, apesar das asperezas do caminho.
Como temos dificuldade de ir direto ao Pai, podemos nos valer de seu filho predileto – Jesus. Por isso, as frases evangélicas: “Ninguém vai ao Pai senão por mim”; “Eu sou a porta. Quem entrar por esta porta terá a vida eterna”; “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
Diz-se que Deus escreve certo por linhas tortas. Muitas vezes, a vontade divina parece-nos rude, embaraçosa e incompreensível. Certo projeto, posto por terra, certo desígnio malogrado, certo revés inconcebível. Quer isto dizer que os caminhos que Deus nos chama para sua intimidade não são os caminhos sensíveis, os caminhos dos gozos materiais. A maioria das vezes vem das contradições e decepções várias. É justamente nisso que reside o mistério, isto é, algo que transcende a razão.
Viver na intimidade de Deus é um mistério que não pode ser percebido senão pela fé. A razão é, na maioria das vezes, incapaz de explicar as calamidades e as dificuldades pelas quais passamos.
Falhando, recorremos à fé. Quer dizer, só a fé é capaz de penetrar no íntimo dessa relação com Deus. E, nesse sentido, aquilo que parece, à primeira vista, impossível, transforma-se numa certeza rotunda. Todo o ser humano tem necessidade dessa relação íntima com Deus, para poder suportar com galhardia as suas provações terrenas.
Para que possamos aderir à intimidade com Deus, temos que renunciar à nossa vontade. A frase evangélica “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou” é muito elucidativa. Como o alimento material deve servir para atender às nossas necessidades físicas, o alimento divino deve atender às nossas necessidades espirituais. Pergunta-se: será que os sofrimentos pelos quais estamos passando não são as instruções básicas não só para a salvação de nossa alma como também para a de toda a humanidade?
Há muitos motivos que nos levam a renegar a intimidade com Deus: a não compreensão dos Seus próprios desígnios; a fuga aos deveres; os devaneios; a entrada pela “porta larga da perdição”. Quantas almas atingidas por uma provação inesperada ou aparentemente superior às suas forças, abandonam a Deus num momento de revolta! Não permaneceram atentas a Deus: tornaram-se incapazes de perceber o motivo secreto de Sua ação em suas vidas.
Se Deus é por nós, quem será contra nós? Eis a idéia-força para a continuidade de nossa tarefa de iluminação, de nossa perfeita intimidade com Aquele que nos criou.
Texto extraido da apostila Pensar o Espiritismo do Centro Espírita Ismael (www. ceismael.com.br).
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