(Joanna de Ângelis)
“Se Deus envia os Espíritos a instruir os homens, é para que estes se esclareçam sobre seus deveres, é para lhes mostrarem o caminho por onde poderão abreviar suas provas e, conseguintemente, apressar o seu progresso.” (O Livro dos Médiuns - 2ª parte. Capítulo 31º — Ítem 4 (Um Espírito familiar).
Quando se libertará o homem da aflição? Quando começará a aurora da sua redenção triunfante? Como fazer? São perguntas que, diariamente, ocorrem a muitos companheiros do caminho humano.
Em todo lugar, assistimos às convulsões do sofrimento castigando os corações.
Lágrimas de saudade e dor sob pesados fardos.
Prantos nascidos na inquietação da soledade dilacerando esperanças.
Fome e abandono embaraçando os passos.
Enfermidade e limitação produzindo duradouros sinais de desespero...
No entanto, desde há muito, com o Evangelho de Jesus, surgiu a madrugada feliz para o espírito humano.
Essas horas de amargura pertencem às criaturas embrulhadas nos mantos sombrios da “morte”.
Para os que já podem enxergar os clarões do Céu nas brumas da Terra, a amargura é apenas acidente do caminho.
Com o suave Rabi nasceu a oportunidade feliz para a realização da paz interior e, conseqüentemente, para a libertação das almas.
É necessário desfazer os laços que atam o homem aos pesados fardos, libertando o espírito para a realização dos elevados princípios no mundo interior.
Que ninguém se demore nas mentirosas colônias de repouso a que aspira!
Muitas lutas se desdobrarão ainda antes que se possa descansar.
Milênios de treva demoram-se na esteira do “já feito”.
É indispensável caminhar, avançando sempre.
Nesse mister são importantes a tarefa sacrificial e a contribuição aparentemente desvaliosa.
Todavia, é imperioso uma resolução robusta para poupar uma desistência danosa.
O agricultor inteligente, antes da sementeira, estuda as possibilidades do solo.
O artífice hábil precede o trabalho de um exame dos recursos de que dispõe para a execução da obra.
O professor capaz antecede as aulas com testes de capacidade para melhor seleção e aproveitamento dos alunos.
O arquiteto prudente visita o terreno e estuda-o, em gráficos, para apresentar depois os projetos da construção.
Ninguém se candidate às tarefas maiores sem a experiência dos serviços menores.
Nada se pode realizar em profundidade sem os cuidados que se impõem como essenciais.
Nos processos evolutivos da alma encarnada a intenção precede a ação e o amadurecimento das idéias dispõe o ser para a difícil operação do renascimento íntimo.
Importa, portanto, trabalhar sem esmorecimento, recordando que, de há muito o Senhor nos aguarda, precedendo-nos os impulsos de renovação com o próprio sacrifício.
Busca iluminar-te com a mensagem do seu exemplo, fixando-lhe os ensinamentos nos recessos do ser, partilhando as lutas e gastando o corpo na faina de produzir e realizar para te tornares digno de, com o Mestre, renascer de coração livre.
Texto extraído do Livro “Espírito e Vida”, psicografado por Divaldo Pereira Franco e ditado pelo espírito Joanna de Ângelis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário