A distração
(Marcelo Paes Barreto)
“A neurose da solidão é doença contemporânea, que ameaça o Homem distraído pela conquista dos valores de pequena monta, porque transitórios.”

A distração, considerada comum na sociedade terrena de uma maneira geral, tira o homem de seu verdadeiro objetivo espiritual.

As formas de divertimento, hoje cultivadas pela maioria dos componentes do grupo social, abafam outras oportunidades de aprendizado e crescimento espiritual, fechando-os em rotineiros quadros de vida.

Neste aspecto é que visualizamos o homem distraído que, ocupado com afazeres transitórios, sem relevância futura, esqueceu-se de cuidar das coisas essenciais.

Dessa forma é que temos visto alguns dramas do mundo, como os jovens nas drogas, distraídos das tarefas de aperfeiçoamento intelectual e moral, adentrando pelo “novo mundo”, procurando, procurando...

Vemos, também, os indivíduos nos suicídios, diretos ou indiretos, distraídos pelos chamados da solidão, da ansiedade, da angústia, do medo, caindo, inadvertidamente, nos labirintos escuros da obsessão, onde “acham” que a saída é o fim antecipado da vida.

Assistimos da mesma forma, aos conflitos de família, onde, assoberbados pelos ataques e chamados da despreparada mídia do consumismo, seus membros tornam-se exaustos, cansados e procuram, distraídamente, “novos rumos”, olvidando os compromissos de outros tempos.

E aí, vamos ver os mais variados tipos de problemas, tais como os desencontros de idéias no nível dos governantes, que, distraídos na discussão da conjuntura, fazem surgir as mortes coletivas, a fome generalizada e os descontroles dos sistemas básicos de manutenção da vida.

E ainda, na distração dos homens, visualizamos a distração dos povos e dos governos, gerando sérios danos à comunidade do Planeta, com atraso no cumprimento dos compromissos e, obviamente, adquirindo débitos para as próximas etapas do mundo.

Daí, a premente necessidade da re-análise de posturas e prioridades diante das leis naturais e dos compromissos assumidos, diante da Criação e do Criador, com a reformulação dos meios de desenvolvimento da vida e a busca dos fins essenciais traçados por Deus para os seus filhos.

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Texto extraído da Revista Reformador. Novembro/2004, p 14.


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