Nós e Jesus

(Joanna de Ângelis)


Fazendo um balanço, através de reflexões, és impeli do a renovar conceitos, face à necessidade de colocar o Senhor em muitas das posições que Lhe competem e que Lhe tens negado. Não poucas vezes, receoso e desiludido, interrogas, concluindo falsamente, qual registrando resposta infeliz, decorrente da íntima secura que padeces.


Se ainda não te convenceste da necessidade de sintonizar com Ele, completa os raciocínios, pondo-O presente e notarás diferenças. Mencionas cansaço e desequilíbrio como carga que se sobrepõe, esmagadora, quase te conduzindo ao fracasso. Todavia: "O fardo é leve!" Referes que a amizade de amigos transitou da tua para províncias estranhas. Em decorrência sofres o vazio que ficou na alma, graças à deserção deles. No entanto: "Aquele que não tomar a sua cruz e seguir-me, não é digno de mim." Esclareces que a monotonia das atividades a pouco e pouco mata o ardor do ideal que antes te abrasava. Tens a sensação de que já não é a mesma a chama da fé, que ardia em ti. Apesar disso: "O trabalhador da undécima hora faz jus ao salário daquele da hora primeira."


Informas que desejarias novos sinais dos Céus, a fim de que se robustecessem as convicções que parecem esvaziadas de conteúdo, na torpe sociedade de consumo. Sem embargo, a lição é simples: " os que não viram e creram." Minado por enfermidades insistentes que te roubam a vitalidade, inquires: "Onde o auxílio divino, na direção das minhas necessidades?" Não obstante, a resposta está enunciada há quase dois mil anos:


"Nem todos foram curados."


A ronda da fome aumenta cada vez mais, ampliando as dimensões dos seus domínios, e a miséria, soberana, governa milhões de destinos. Marejam-se os teus olhos, em justa compunção. No íntimo, indagas: "Por que o Senhor não solve a dificuldade?" Entrementes, a elucidação já foi dada: "Nem só de pão vive o homem..." Sim, são horas de balanço interior, momento de colher o resultado da semeadura. Cada um respira emocionalmente o clima da província psíquica em que situa as aspirações.


O homem alcança o destino que lhe compraz, e o ideal, nele, tem a vitalidade que o suprimento de sacrifício lhe dá, através de quem o sustenta. És parte da família que constitui o rebanho do Cristo. O Senhor prossegue o


mesmo. Faze um exame racional e honesto, a fim de verificares se a mudança, por acaso, não terá sido de tua parte.


O rumo que Ele nos aponta continua indicando liberdade. As amarras foram construídas por cada qual, para a própria escravidão espiritual. Diante de tais considerações, no báratro dos tormentosos dias, convém consultar Jesus, sem cessar, E, se tiveres ouvidos capazes de escutar-discernindo, percebê-lo-ás a repetir: "Eu sou o Caminho: Vinde a mim!"



Texto extraído do Livro “Celeiro de Bençãos”, psicografado por Divaldo Pereira Franco e ditado pelo espírito Joanna de Ângelis.



Nenhum comentário: